Nas últimas semanas, fomos bombardeados por uma série de notícias de casos de abandono de bebês, deixados pelas próprias mães em latas de lixo, ruas, quintais e caçambas de entulho. Diante destas notícias, e com a proximidade do Dia das Mães, me pergunto como alguém é capaz de cometer tal ato. E sou levada a pensar: "Qual o real significado de ser mãe?".
Eu, que ainda não passei por esta experiência, tenho uma vaga idéia. Mas sei que não se aproxima nem um milésimo do que isto significa. Acho que ser mãe é uma espera paciente (ao longo da gestação; durante uma vida se desenvolvendo...). É entrega e doação. Amor incondicional. É proteger, acolher, amparar. Para sempre. Todo um misto de alegria e dor. Dúvidas e incertezas. E acho que tudo isso se amplifica, de alguma forma, ao se descobrir mãe de uma criança portadora de síndrome de Rett.
E tenho a impressão de que, para elas, o tempo não passa no mesmo compasso. Cada pequeno degrau do desenvolvimento de suas filhas está numa escala de tempo diferente. Representa um grande passo. E de alguma forma, essas meninas, mesmo depois de mulheres, serão sempre "nossas meninas".
Pelo dia de hoje, tão especial, mais ainda para as MÃES ESPECIAIS, deixo aqui uma homenagem - dedicada à minha mãe - que quero compartilhar com todas as outras.