segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Tentando traduzir o "bio-moleculês" - Parte II
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Uma ponta de grande esperança
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Tentando traduzir o "bio-moleculês" - Parte I
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Abrace esta causa
Aos visitantes deste blog, peço que "abracem esta causa" e divulguem o vídeo a TODOS. Vamos mobilizar a sociedade e criar uma "campanha nacional sobre a síndrome de Rett". Para que ninguém mais diga que nunca ouviu falar desta doença. Para que nenhuma menina fique sem diagnóstico. Para que nenhum profissional continue desatualizado. E para que nenhuma família fique sem apoio ou informação.
Ação da proteína MeCP2
Para explicar melhor como funciona a proteína MeCP2, esta postagem é um vídeo, no qual fiz uma adaptação na animação disponível no site educacional do Howard Hughes Medical Institute (que é excelente). Embora não tenha modificado o conteúdo da animação original, fiz esta adaptação para facilitar a compreensão - o material original é narrado em inglês pela Dra. Huda Zohgbi. Espero que seja útil a vocês. E lembrando: esta foi minha primeira experiência com vídeos na web. Então, desculpem por qualquer falha. =]
A causa
É importante lembrar que mutações no DNA ocorrem em todas as nossa células, ao longo de nossas vidas, todos os dias, sem que possamos saber ou controlar. Portanto, os pais e mães de pacientes afetadas pela síndrome de Rett, assim como pais de pacientes afetados por qualquer doença de origem genética, JAMAIS DEVEM SE SENTIR CULPADOS.
Evolução clínica
De acordo com a evolução e sintomas, a síndrome de Rett é classificada em duas formas: clássica ou atípica. Na forma clássica, o quadro clínico evolui em quatro estágios definidos:
Estágio 1 - de 6 a 18 meses de idade. Ocorre desaceleração do perímetro cefálico (reflexo do prejuízo no desenvolvimento do sistema nervoso central), alteração do tônus muscular (às vezes parece "molinha"), a criança interage pouco (muitas são descritas como crianças "calmas") e perde o interesse por brinquedos. Neste estágio, os primeiros sintomas da doença estão surgindo, mas muitas vezes nem são percebidos pelos pais (especialmente se são "marinheiros de primeira viagem") ou pelos médicos (muitos deles desconhecem a síndrome de Rett).
Estágio 2 - de 2 a 4 anos de idade. Ocorre regressão do desenvolvimento, inicia-se a perda da fala e do uso intencional das mãos, que é substituído pelas esteretipias manuais. Ocorrem também distúrbios respiratórios, distúrbios do sono (acordam à noite com ataques de risos ou gritos) e manifestações de comportamento autístico.
Estágio 3 - de 4 a 10 anos de idade. A regressão é severa neste estágio e os problemas motores, crises convulsivas e escoliose são sintomas marcantes.Por outro lado, há melhora no que diz respito à interação social e comunicação (o contato visual melhora), elas tornam-se mais tranqüilas e as características autísticas diminuem.
Estágio 4 - a partir dos 10 anos de idade. Caracterizado pela redução da mobilidade, neste estágio muitas pacientes perdem completamente a capacidade de andar (estágio 4-A), embora algumas nunca tenham adquirido esta habilidade (estágio 4-B). Escoliose, rigidez muscular e distúrbios vasomotores periféricos são sintomas marcantes. Os movimentos manuais involuntários diminuem em freqüência e intensidade. A puberdade ocorre na época esperada na maioria das meninas.
Já nas formas atípicas, nem todos os sintomas estão presentes e os estágios clínicos podem surgir em idade bem diferente da esperada.
Algumas doenças neurológicas compartilham sintomas com a síndrome de Rett e isto pode dificultar o diagnóstico clínico especilamente nos primeiros estágios da forma clássica (ou no caso de formas atípicas). Quando os primeiros sintomas da síndrome de Rett estão surgindo, muitas pacientes são diagnosticadas de forma equivocada como autistas, por exemplo. É importante que os profissionais de saúde estejam atualizados e conheçam sobre a síndrome de Rett para que sejam capazes de realizar o diagnóstico diferencial. Uma vez que o diagnóstico precoce facilita o estabelecimento de uma estratégia terapêutica adequada, a INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL.
Embora ainda não tenha sido descoberta a cura da síndrome de Rett, as pacientes que são acompanhadas de forma adeqüada podem ter uma vida melhor e mais feliz. E TAMBÉM VALE LEMBRAR: a síndrome de Rett não restringe a expectativa de vida das pacientes.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Sintomas
critérios necessários (presentes em todas as pacientes):
- desenvolvimento prénatal (antes do nascimento) e perinatal (pouco tempo depois de nascer) aparentemente normal;
- desenvolvimento psicomotor normal até os 6 meses de idade;
- perímetro cefálico (circunferência da cabeça) normal ao nascimento;
- desaceleração do perímetro cefálico após 6 meses de idade;
- perda do uso propositado das mãos;
- movimentos manuais estereotipados (torcer, aperta, agitar, esfregar, bater palmas, "lavar as mãos" ou levá-las à boca);
- afastamento do convívio social, perda de palavras aprendidas, prejuízos na compreensão, raciocínio e comunicação.
critérios de suporte (presentes em algumas pacientes):
- distúrbios respiratórios em vigília (hiperventilação, apnéia, expulsão forçada de ar e saliva, aerofagia);
- bruxismo (ranger os dentes);
- distúrbios do sono;
- tônus muscular anormal;
- distúrbios vasomotores periféricos (pés e mãos frios ou cianóticos);
- cifose/escoliose progressiva;
- retardo no crescimento;
- pés e mãoes pequenos e finos.
critérios de exclusão (ausentes nas pacientes):
- órgãos aumentados (organomegalia) ou outro sinal de doenças de depósito;
- retinopatia, atrofia óptica e catarata;
- evidência de dano cerebral antes ou após o nascimento;
- presença de doença metabólica ou outra doença neurológica progressiva;
- doença neurológica resultante de infeção grave ou trauma craniano.